labirintite – Eliézia Helena de Lima Alvarenga https://www.eliezia.com.br Site da médica otorrinolaringologista Eliézia Helena de Lima Alvarenga. Ela atende nos hospitais Samaritano, Sírio Libanês, Oswaldo Cruz e Albert Einstein, e em seu consultório particular, em São Paulo (SP) Thu, 09 Jan 2014 11:23:13 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.1.7 UOL, setembro de 2013 https://www.eliezia.com.br/entrevistas/uol-setembro-de-2013 https://www.eliezia.com.br/entrevistas/uol-setembro-de-2013#respond Fri, 20 Sep 2013 13:39:21 +0000 http://www.eliezia.com.br/site/?p=176 Entrevista concedida pela média Eliézia Alvarenga ao portal UOL, na matéria “Alimentação incorreta e estresse podem deflagrar crises de labirintite”, publicada no dia 20/09/2013. Leia a reportagem completa abaixo:

Alimentação incorreta e estresse podem deflagrar crises de labirintite

Você acorda cedinho e parece que tudo está girando. Aí, você sente tontura, enjoo, perde o equilíbrio e tem um grande mal-estar. Cuidado, isso pode ser labirintite.

Labirintite é um termo usado popularmente para descrever quadros de tontura e vertigem. Mas, na verdade, é uma doença pouco frequente, caracterizada por uma infecção ou inflamação no labirinto (estrutura do ouvido interno constituída pela cóclea, responsável pela audição, e pelo vestíbulo, responsável pelo equilíbrio).

“As alterações do equilíbrio decorrentes do labirinto deveriam ser denominadas alterações vestibulares”, ensina Eliézia Alvarenga, otorrinolaringologista do Hospital Samaritano de São Paulo.

Essas alterações vestibulares, ao contrário, são muito comuns, e atingem cerca de 33% das pessoas em algum período da vida, de acordo com uma pesquisa realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) no ano passado. E podem ser desencadeadas pela má alimentação e pelo estresse.

Uma questão de equilíbrio

O equilíbrio corporal é algo complexo e depende das respostas dos dois labirintos (direito e esquerdo, que devem estar em sintonia), do sistema musculoesquelético, que envolve a coluna e nos mantém ereto; e do sistema visual, que tem uma atuação no sistema modulador e transmissor dos impulsos nervosos responsáveis pelo equilíbrio, dadas pelo sistema nervoso central.

“Quando qualquer doença causa um distúrbio nesse sistema, podem ser desencadeadas tonturas, instabilidades ou até vertigens fortes com náuseas e vômitos. Isso é a `labirintite’, termo genérico para as doenças do labirinto”, explica Ricardo Ferreira Bento, professor do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia e diretor da Divisão de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Como o labirinto é parte do sistema do ouvido, a labirintite é relacionada à diminuição auditiva, zumbido ou sensação de “ouvido cheio”.

São inúmeras as causas das chamadas labirintites. O labirinto pode ser afetado por alterações inflamatórias, infecciosas, traumáticas, metabólicas, vasculares, degenerativas, neurológicas, endócrinas, tumorais, por medicações ou abuso de drogas entre outras. Já a labirintite real (a infecção ou inflamação do labirinto) pode ser causada por vírus, bactérias, lesão na cabeça, alergia ou ser uma reação a um determinado medicamento.

“Apesar do quadro de tonturas e náuseas ser muito desagradável, na maioria das vezes a labirintite não é causada por um problema de maior gravidade”, diz Luiz Ubirajara Sennes, professor do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Otorrinolaringologia da FMUSP. De qualquer forma, ele recomenda sempre procurar auxílio médico quando houver uma crise de tontura, para que seja investigada sua causa e afastada a suspeita de doenças graves.

Cuidado com o que você come

Os alimentos também podem interferir nas crises de labirintite. Os três principais inimigos do ouvido interno são o açúcar, o sal e a cafeína. A ingestão de açúcar em excesso pode interferir nas estruturas do labirinto, fazendo com que ele mande mensagens erradas ao cérebro. O sal está relacionado ao aumento da pressão nos vasos, o que também pode perturbar o labirinto. E a cafeína pode estimular demais o labirinto, também causando perturbações.

“Hábitos alimentares inadequados como ingestão de muita gordura e açúcar podem levar a alterações metabólicas que irão afetar o correto funcionamento do labirinto (colesterol aumentado, hipoglicemia por hiperinsulinismo, entre outras)”, alerta Sennes.

É preciso prestar atenção não apenas no que se come, mas também em como se come. Comer sentado à mesa, sem pressa e tranquilamente, diminui o estresse, ajuda a digestão e faz bem para todo o corpo – até mesmo para o equilíbrio. Outra atitude que ajuda é comer a cada três horas, pois o labirinto precisa de um aporte constante de glicose e oxigênio para exercer suas funções. Ficar em jejum, portanto, não é uma boa ideia.

Hidratar-se também é essencial. Beber aproximadamente dois litros de água por dia é fundamental para que todas as reações biológicas do corpo ocorram adequadamente.

No stress

O estresse também pode levar a tonturas, pois é uma alteração do estado normal do organismo, com mudanças na liberação de hormônios, das funções cardiovasculares e digestivas, do sistema nervoso e psicológicas que podem afetar secundariamente o labirinto.

O estresse influencia no desencadeamento da sensação de tontura, o que, muitas vezes, acaba confundindo o diagnóstico da labirintite.

Mas ainda não se sabe com certeza se o estresse poderia causar a labirintite. No entanto, sabe-se que ele pode desencadear uma crise, assim como agravar seus sintomas.

“O estresse, muitas vezes, pode ser o gatilho para a crise e sua manutenção, gerando insegurança e retroalimentando a tontura e o estresse. Em um determinado momento dificulta saber o que veio primeiro: a tontura ou o estresse”, diz Alvarenga.

Nem toda tontura é labirintite

Tontura não é doença, mas, sim, um sintoma que pode surgir em numerosas doenças. É um sinal de alerta de que algo não vai bem no organismo.

As tonturas estão entre os sintomas mais frequentes em todo o mundo e são de origem labiríntica em 85% dos casos. Mas elas podem estar relacionadas a outros problemas também. Um deles é o já citado estresse. Outros podem ser queda repentina da pressão arterial, desidratação e queda na taxa de açúcar no sangue (hipoglicemia), e até mesmo problemas cardíacos, hipertensão e tumores.

“Por isso, é sempre importante procurar serviço médico especializado para diagnosticar as causas e realizar o tratamento adequado”, recomenda Bento.

Para descobrir as causas, inicialmente é feita uma série de testes, que são chamados de otoneurológicos, para diagnosticar se o problema é no labirinto e o que o provoca. Quando diagnosticada a labirintite, o tratamento varia de acordo com a causa, e pode ir de medicamentos para melhorar problemas do labirinto e da circulação sanguínea até intervenções cirúrgicas.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/09/20/alimentacao-incorreta-e-estresse-podem-deflagrar-crises-de-labirintite.htm

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UOL, agosto de 2013 https://www.eliezia.com.br/entrevistas/uol-agosto-de-2013 https://www.eliezia.com.br/entrevistas/uol-agosto-de-2013#respond Tue, 06 Aug 2013 14:04:39 +0000 http://www.eliezia.com.br/site/?p=190 Entrevista sobre labirintite concedida ao portal UOL, realizada em agosto de 2013. Leia abaixo a transcrição completa.

O que é a labirintite?

Labirintite é um termo popularizado para descrever quadros de tontura, entretanto a incidência de tontura decorrente de uma labirintite de fato é rara (quadro infeccioso que compromete o labirinto). Mas devemos aproveitar a oportunidade para esclarecer que as alterações do equilíbrio decorrentes do labirinto deveriam ser denominadas alterações vestibulares.

A orelha interna tem duas partes uma que escuta denominada cóclea ou labirinto anterior, e o labirinto posterior propriamente dito que é composto pelos canais semicirculares, sáculo e utrículo, responsável pelo equilíbrio. Mas o equilíbrio é mais complexo, e depende das respostas dos dois labirintos direito e esquerdo que devem estar em sintonia entre eles, o sistema músculo-esquelético, envolvendo a coluna, que nos mantém ereto, e visual que sao considerados periféricos, mas tem uma atuação no sistema modulador e transmissor dos impulsos nervosos responsáveis pelo equilíbrio dadas pelo sistema nervoso central- cérebro, cerebelo, núcleos vestibulares.

Não podemos deixar de ressaltar as alterações metabólicas que também refletem no equilíbrio, como também as situações de stress. Costumo falar com os meus pacientes que o equilíbrio é um tripe, como as principais causas de tontura se devem as suas alteraçoes devemos prestar bastante atenção aos sintomas da tontura para contar ao seu medico, pois a história é de suma importância em determinar as possíveis causas. Geralmente há predomínio de um lado para o qual ocorre a tontura, se direito ou esquerdo, se a tontura é ou não rotatória, se há relação (melhora ou piora)com olhos abertos e fechados, mas na duvida nunca feche os olhos fixe um ponto que geralmente as tonturas acomodam pela fixação visual e lhe manterá em pé evitando quedas, Procure sempre um apoio, reforçando para que não haja quedas.Preste atenção se há outros sintomas associados como zumbido, perda de audição, sensação de ouvidos tampados que ajudam no diagnóstico de labirintopatias. Observe se há alguma posição da cabeça e pescoço que desencadeie a tontura, a história clinica nos ajudará no diagnostico. A presença de enjoo, vômitos, sudorese devem ser observadas. Presença de algum movimento ocular deve ser observada. Existe mais de 300 quadros clínicos descrevendo tontura com mais de 2000 possíveis agentes etiológicos.

Qual população ela mais atinge?

A tontura pode comprometer todas as faixas etárias, desde a infância, adolescência, adulto jovem, adulto e idoso, em cada faixa etária há um predomínio de causas. Daí não rotularmos todas as tonturas como labirintite, e sim individualizar cada caso.

Quais são as principais causas da labirintite?

Na infância pode ser torcicolo congênito, a vertigem paroxística benigna da infância, na adolescência erros de dieta, erros metabólicos, mudança hormonal, equivalentes enxaquecosos, no adulto causas metabólicas, a vertigem posicional paroxística benigna, doença de Meniere, a medida que aumenta a idade predomínio de causas vasculares e metabólicas, como também o próprio envelhecimento.

A alimentação e o estresse podem desencadear crises de labirintite? Como?

Sim tanto o jejum prolongado, como o abuso do açúcar, chocolate, café, bebida alcóolica podem piorar.O stress muitas vezes podem ser o gatilho para a crise, e a sua manutençao gerando inseguranca e retro-alimentando a tontura e o stress, em um determnado momento dificulta o que veio primeiro

Quais cuidados uma pessoa deve ter para evitar uma crise?

Procurar ter uma vida saudavel, aliemntando regularmente, evitando jejum prolongado, evitar sedentarismo, bom controle metabolico do colesterol, triglicerides, tireoide, glicemia, entre outros. Frente a crise procurer um especialista em otorrinolaringologia para que auxilie no diagnostico.

E, em caso, de crise, o que fazer?

Frente a crise procure um especialista em otorrinolaringologia para que auxilie no diagnóstico.

 

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